Uma em cada três crianças portuguesas tem sintomas de exposição ao fumo do tabaco, associados sobretudo a um contexto de pais fumadores. A estimativa foi revelada ontem por Teresa Bandeira, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Pediatria. O estudo conduzido pelo Hospital de Santa Maria será publicado em breve na "Revista Portuguesa de Pneumologia", mas revela para já que Portugal, apesar da lei do tabaco, não está imune à realidade das mortes por fumo passivo.
Ontem a revista médica "The Lancet" publicou o primeiro estudo mundial sobre a mortalidade e morbilidade associada ao fumo em segunda mão: de 603 mil mortes a nível mundial, 28% eram crianças. Já em termos de morbilidade, as crianças até aos cinco anos são as mais afectadas, com 5,9 milhões a desenvolver infecções respiratórias.
A investigação foi desenvolvida por investigadores da Organização Mundial de Saúde com dados de 2004, para 192 países. Estima-se que a nível mundial 40% das crianças e cerca de 30% dos não fumadores vivam expostos ao fumo do tabaco. Na região da OMS que Portugal integra, 50% das crianças são afectadas. A mortalidade na Europa só é superada pelas regiões do sudeste asiático e pacífico. As principais causas de morte, identificam os investigadores, são a doença cardíaca isquémica, infecções respiratórias, asma e cancro do pulmão, responsável por 3,5% das mortes. "Sabíamos do risco de doença acrescido nas crianças expostas a fumo, mas não tínhamos ideia que fossem uma percentagem tão grande", diz ao i Annette Prüss-Ustün, autora do estudo. A investigadora destaca a elevada exposição ao fumo passivo na Ásia, onde as infecções respiratórias provocam um terço das mortes infantis em todo o mundo. "Esperamos que este estudo contribua para alertar os fumadores para o efeito da exposição de terceiros."
Ontem a revista médica "The Lancet" publicou o primeiro estudo mundial sobre a mortalidade e morbilidade associada ao fumo em segunda mão: de 603 mil mortes a nível mundial, 28% eram crianças. Já em termos de morbilidade, as crianças até aos cinco anos são as mais afectadas, com 5,9 milhões a desenvolver infecções respiratórias.
A investigação foi desenvolvida por investigadores da Organização Mundial de Saúde com dados de 2004, para 192 países. Estima-se que a nível mundial 40% das crianças e cerca de 30% dos não fumadores vivam expostos ao fumo do tabaco. Na região da OMS que Portugal integra, 50% das crianças são afectadas. A mortalidade na Europa só é superada pelas regiões do sudeste asiático e pacífico. As principais causas de morte, identificam os investigadores, são a doença cardíaca isquémica, infecções respiratórias, asma e cancro do pulmão, responsável por 3,5% das mortes. "Sabíamos do risco de doença acrescido nas crianças expostas a fumo, mas não tínhamos ideia que fossem uma percentagem tão grande", diz ao i Annette Prüss-Ustün, autora do estudo. A investigadora destaca a elevada exposição ao fumo passivo na Ásia, onde as infecções respiratórias provocam um terço das mortes infantis em todo o mundo. "Esperamos que este estudo contribua para alertar os fumadores para o efeito da exposição de terceiros."
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